Porto Alegre VIVE

O Movimento Porto Alegre Vive surgiu a partir da interação de vários movimentos que se denominavam “Vive” com Associações de Bairro e Ongs ambientalistas, pela percepção de uma identidade de concepções e propósitos com relação à cidade.

Demarcação “Área de Interesse Cultural”

Durante o processo que precedeu a primeira reavaliação do PDDUA (Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental), desde 2002, ocorreram muitas discussões que possibilitaram o reconhecimento de identidades, interesses e propostas para a cidade de Porto Alegre, favorecendo as aproximações para ações conjuntas.

DemarcaçãoCom o conhecimento das questões específicas de cada região da cidade foi sendo elaborada uma pauta conjunta de aspectos que deveriam ser revistos no Plano Diretor, que era percebido através do licenciamento das novas construções, causando apreensão e descontentamento.

Hoje, as propostas do Porto Alegre Vive abrangem:

– a defesa do ambiente natural, com atenção não apenas às áreas de preservação permanente como topos de morro e vegetação ciliar, mas também à arborização e permeabilidade do solo no tecido urbano, como elementos de conforto e saúde para os habitantes e de racionalidade econômica para a Prefeitura;

– a manutenção da Orla como área livre de construções para moradia, privilegiando o livre acesso de toda a população para o lazer e a fruição da paisagem do Lago Guaíba. Manutenção das áreas para lazer e atividades náuticas. O Movimento considera a região da Orla e o Guaíba como um elemento de identidade primordial a Porto Alegre.

– a ampliação da área de Parques e Praças;

– a defesa do patrimônio cultural, incluindo no conceito não apenas o prédio com valor histórico ou arquitetônico, mas também as áreas ou locais que são investidos de apreço e memória pelas pessoas moradoras, seja por sediarem uma atividade como uma festa popular, uma feira, ou por comporem um local pitoresco ou característico de um bairro ou de uma época;

– o respeito às diferentes fisionomias de Porto Alegre, valorizando os diversos bairros e procurando manter em linhas gerais suas características, através do controle dos índices construtivos. Ou seja, não estimular a demolição pura e simples para substituição por prédios novos, como se surgissem em bairros vazios, mas levar sempre em conta a pré-existência. Esse posicionamento é coerente com um menor impacto ambiental e social, fundado na coerência econômica e social, buscando evitar desperdícios e canalizar os recursos para a resolução de problemas abrangentes como o manejo dos resíduos sólidos, a separação do esgoto pluvial e cloacal, o tratamento do esgoto, a redução da poluição das águas;

– o estímulo ao desenvolvimento de um perfil de atuação da construção civil de acordo com as maiores necessidades de moradia, ou seja, favorecendo as construções para moradores com menor poder aquisitivo, seja aplicando os instrumentos legais já existentes quanto às Áreas de Interesse Social, seja desenvolvendo materiais e técnicas construtivas e princípios de urbanismo de acordo com as expectativas e necessidades dessas pessoas que hoje moram em condições indesejáveis, precárias ou de risco;

– a discussão do desenvolvimento da cidade de acordo com suas diversas atividades e vocações, propondo intervenções com os recursos do planejamento urbano;

– alteração da composição do Conselho Municipal do Plano Diretor, considerando que, além dos setores da Prefeitura, os demais integrantes sejam de entidades afins ao planejamento urbano (não confundido com o segmento da construção civil), associações de moradores, ongs ambientalistas e segmentos econômicos expressivos na cidade.

Procurando divulgar suas opiniões e influenciar nas propostas de mudança do Plano Diretor, O Movimento Porto Alegre Vive tem promovido diversas atividades como abaixo-assinados, passeatas, palestras, reuniões em praças, passeios e eventos.

Manifestação em PetrópolisA participação dos jovensMúsica pelo Verde

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